Estudo: Buscas por drones alcançam auge em cinco anos
Projetados inicialmente para missões militares, como resgatar pessoas em incêndios, defender soldados ou procurar fugitivos, os VANT’s (Veículos Aéreos Não Tripulados), ou simplesmente conhecidos por drones, caíram no gosto popular. Hoje, a utilização dos dispositivos potencializa serviços e reduz custos, mudando a forma de realizar atividades, seja no uso recreativo ou profissional, em diversas áreas, como o agronegócio, a construção civil, produções audiovisuais e a segurança, dentre outros setores.
Veja as principais pesquisas por uso do dispositivo
Drone para entregas a domicílio: As buscas pela frase “drone para entregas a domicílio” cresceram 300% em um ano. Em qualquer outra parte do mundo, sua encomenda pode chegar voando, literalmente. No entanto, no Brasil o serviço ainda é restrito e continua em fase de testes. Em 2022, a ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil) autorizou a primeira operação comercial de delivery com drone no país, a qual hoje se restringe a algumas partes do território nacional.
Drone para fotografia e filmagem: Se antes as imagens aéreas eram realizadas por aviões e helicópteros, por consequência, inacessíveis para a maioria das pessoas, atualmente existem até competições de fotografia aérea apenas com a utilização de drones. O termo “drone para fotografia” teve um aumento de 143% em buscas no último ano, o que pode indicar que está cada vez mais fácil fotografar nas alturas. Preços baixos, GPS acoplado, vida útil de bateria mais longa e estabilização de câmera, são algumas das facilidades para quem procura também a pequena aeronave para filmagem. Seja para fazer vídeos aéreos por lazer, segurança ou produções cinematográficas, a procura por essa função verificada na expressão “drone para filmagem” cresceu 90%, em 2023.
Drone para pesca: Longe das tradicionais varas e carretéis, a busca de veículos aéreos para pescaria cresceu 143% no último ano, no Brasil. O equipamento facilita a visão sobre o peixe na água e mantém uma distância superior do que a vara poderia conceder. No entanto, para praticar a atividade, é preciso ter autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e preencher alguns requisitos.
Drones para festas e shows: O barulho da queima de fogos deu lugar ao show silencioso dos drones. As expressões “drones para festa” e “drones para show” cresceram em 100% em um ano e 600% em três meses, respectivamente. Os espetáculos com o dispositivo não tripulado ganharam espaço nas comemorações de Ano Novo em 2023, com o maior show de drones da América Latina. Cinco cidades brasileiras contaram com voos coordenados por pilotos de drone e engenheiros, que, sintetizados, projetavam pontos de luz formando imagens homenageando as localidades.
Drone para agricultura: No último ano, o número de drones agrícolas cresceu 266%, segundo a ANAC, e o equipamento vêm tendo um impacto positivo nas lavouras brasileiras. A procura do equipamento para a zona rural cresceu 84%, ao longo de 2023, e tem como intuito supervisionar áreas de difícil acesso, produzindo imagens e vídeos em tempo real. Buscas por funções verificadas nos termos “drone para mapeamento agrícola” e “drone pulverizador para agricultura” cresceram 129% em um ano e 50% nos últimos três meses, respectivamente. Além de auxiliar na semeadura e na aplicação de produtos, os drones reduzem o tempo de trabalho e aumentam a produtividade nas fazendas.
Drone para vigilância: As aeronaves controladas à distância estão presentes em 63% das forças de segurança das 27 unidades da federação, de acordo com a Escola de Direito do Rio de Janeiro, da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio). A partir do monitoramento de câmeras em alta resolução e sensores de calor, elas ajudaram na fiscalização e no policiamento de blocos de Carnaval este ano, e estão auxiliando agentes nas buscas por foragidos. A procura para o termo “drone para vigilância” cresceu 75%, e se expande para além do uso policial. O equipamento também colabora com a vigilância epidemiológica na identificação de focos de dengue.
As aeronaves não tripuladas estão nas festas, no trabalho e no cotidiano de muitos brasileiros. Algumas marcas já são preferência dentro do setor. De acordo com o levantamento da plataforma, modelos como o DJI Mavic e DJI Mini tiveram buscas maiores do que 1000% ao longo de 2023.
“Apenas no ano passado, o território brasileiro contava com mais de 100 mil aeronaves cadastradas e cerca de 300 mil não registradas, conforme a ANAC. A operação deste equipamento se popularizou e evoluiu para se tornar uma profissão em diversos setores. Além disso, a presença marcante em eventos festivos, como os espetáculos de Réveillon e Carnaval, evidencia não apenas a aceitação popular, mas também o notável potencial de entretenimento do dispositivo. No entanto, ainda aguardamos alguns avanços técnicos e regulamentações para explorar plenamente sua capacidade”, comenta Eduardo Scherer, fundador do Guia dos Melhores.